“Mi estas la Hobbito” J.R.R. Tolkien





(La historio de Bilbo Baggins, la Hobbito ) *





Em 1981, ou 1982, já não me lembro, através de uma revista francesa, na altura em voga, particularmente pelos jogos para o ZX Spectrum, a Jeux et Stratégie (em tradução literal Jogos e Estratégia), entrei em contato com um jogo de personagens, The Lord of the Rings, onde existiam vários cenários, e cada personagem tinha uma determinada pontuação para força, agilidade, inteligência, etc., a finalidade do jogo era destruir um anel. Aliás, esse jogo foi depois revelado no filme de Spielberg o ET.



A curiosidade de então, fez com que entrasse no universo fantástico de John Ronald Reuel Tolkien (J.R.R. Tolkien), primeiro pela trilogia do Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei), continuando pelo Hobbit e finalizando em O Silmarillion, livro publicado postumamente, considerada a principal obra de Tolkien, embora nunca a mais famosa.



O que mais me entusiasmava era a caraterística única de um povo, os hobbit, seres pequenos, com pés grandes e peludos, que viviam em buracos, e que no dia de aniversário em vez de receberem presentes, eram eles que os ofereciam aos amigos.



Tolkien referiu-se assim à sua criação: “um dos meus alunos deixou em cima da secretária uma página em branco, possivelmente a melhor coisa que poderia acontecer a um examinador, e eu escrevi nela; Em um buraco no chão vivia um hobbit, não sabia e não sei porquê”.



Tolkien, que desde criança era um apaixonado pelas línguas clássicas, grego, latim, depois espanhol, italiano (que achava uma língua muito elegante), o anglo-saxão, ligeiramente diferente da sua língua materna o inglês, o francês não lhe reunia muita simpatia, contrariamente ao finlandês, ao gales, islandês claro o esperanto, (Tolkien, além do inglês, conhecia 16 outros idiomas, para além dos que ele próprio inventou) criou um vocabulário próprio de raiz, falado e escrito, para os hobbit (Bilbo, Sam, etc), para o mago Gandalf, o Gollum, os Valar, Maiar, elfos, anões trolls, orcs, habitantes de um mundo que ele próprio imaginou, e criou, e que se localizava algures, numa Europa mitológica na Terceira Era da Terra Média.



Tolkien criou várias língua, o Khûzdul, o Valarin, um alfabeto rúnico chamado Angerthas ou Cirth, mas nenhuma tão elaborada quanto as duas Línguas Élficas, movidas pelo som bonito (eufonia) e pela estética, “como o replicar dos sinos”, dizia.



Para ele, primeiro vinha a palavra, depois a história, sempre consciente de que a língua é um organismo mutável, relacionada intimamente com a história de um povo, onde o alfabeto deveria ser elegante.



Tudo isto vem a propósito da pré-estreia mundial do filme de Peter Jackson (aclamado já como realizador da trilogia O Senhor dos Anéis) “O Hobbit: uma jornada inesperada”, em Willington, capital da Nova Zelândia, e terra natal do realizador, e, pelo que se viu, virará de certeza como um sucesso mundial.



O filme tem estreia mundial em 14 de Dezembro, e as duas produções seguintes também serão no mesmo dia mas em 2013, e em 2014.


Para terminar algumas curiosidades;



Tolkien ficou conhecido como o “pai da moderna literatura fantástica”;



As suas obras foram traduzidas para mais de 20 idiomas, vendeu mais de 200 milhões de cópias e influenciou (ainda hoje) várias gerações de escritores;



Em 1997, O Senhor dos Anéis (best-seller desde a sua publicação em 1954, e considerado como obra cult nos anos 60), foi eleito o livro do século por europeus e norte-americanos;



Tolkien criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e que tivessem lendas a rodeá-las;



Além do inglês, conhecia intimamente dezasséis outros idiomas, para além dos que ele próprio criou, como o Quenya (finlandês e galês), as Línguas Élficas, o Khûzdul, o Valarin, e alguns sistemas de escrita, como as Angerthas (ou runas) e as Tengwar;



Muitos nomes das suas personagens, foram retirados do antigo islandês, como Gandalf, por exemplo;



Em 2009 a revista Forbes listou Tolkien como uma das 13 celebridades mortas que mais lucraram no respetivo ano (50 milhões de US$);



George Lucas admitiu em uma entrevista que a sua saga Star Wars, foi inspirada em Tolkien;



John Ronald Reuel Tolkien (J.R.R. Tolkien), nasceu em 1892 (em Bloemfonttein, “fonte das flores” em africâner e neerlandês, na África do Sul) e faleceu em 1973 (em Bournemouth, na Inglaterra), foi professor universitário, escritor premiado e filólogo britânico.



         



* “Mi estas la Hobbito” J.R.R. Tolkien (Eu sou o Hobbit)



*(La historio de Bilbo Baggins, la Hobbito ) (A história de Bilbo Baggins, o Hobbit)



*(em esperanto, a língua internacional, reconhecida pela ONU, criada pela médico polaco Ludwik Lejzer Zamenhof, e que J.R.R. Tolkien aconselhava “Meu conselho a todos que dispõem de tempo ou inclinação a se ocuparem com o movimento por uma língua internacional, seria: Apoiem lealmente o Esperanto”)





Por : Ricardo Pocinho



3 comentários:

  1. Já assisti os 3 filmes do Senhor dos Anéis,e depois q eu assisti os filmes,eu tive um interesse em ler os livros,ainda não tive a oportunidade de lê-los ,mas eis q eu estou com o livro O Hobbit em casa,e eu não vejo a hora de ler (:

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  2. Olá Maria Júlia. Eu comecei por ler os livros, pois nem imaginava que um dia iriam passar ao ecran. O que mais me despertou a atenção foi o Mundo imaginário que Tolkien criou, onde tudo parecia realidade, onde esses personagens pequenos, que viviam em buracos e tinham pés grandes e peludos, eram os defensores do bem contra o mal. O Hobbit foi escrito 60 anos antes da trilogia, é efetivamente o primeiro livro onde os hobbit são caraterizados. Agradeço-te a leitura e o comentário e desfrute a leitura.

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  3. Eu nunca tive interesse nem em ler, nem assistir Senhor dos Anéis. Quem sabe um dia, né? E nem sabia todas essas curiosidades aqui postadas!
    Parabéns pelo ótimo post! ;)

    Beijos

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