Resenha: Jogando Xadrez com os Anjos – Fabiane Ribeiro



“... - Quando a neve cair, vou estar com você... E quando a neve se for , vou lembrar de você... Faça chuva ou sol , vou sorrir ao pensar...Que a levo em meu coração...”
Fabiane Ribeiro – Jogando Xadrez com os Anjos, página 31.


Autora: Fabiane Ribeiro
Editora: Universo dos Livros
400 páginas
Nota: 7.5/ 10 


Jogando Xadrez com os Anjos é um livro que ao mesmo tempo em que machuca o leitor faz com que ele se encante com a maneira que a jovem protagonista supera todos os seus obstáculos e cria toda uma atmosfera reflexiva.
Narrado em terceira pessoa, conhecemos Anny, uma garotinha brilhante, cheia de amor e sonhos, cujo, os pais recebem uma “proposta de emprego” irrecusável e decidem aceitar, deixando a filha  aos cuidados de um casal totalmente desequilibrado , em uma casa onde há apenas rancor.
Ambientado na Inglaterra, dois anos após o final da segunda guerra mundial, é carregado por um clima fortemente soturno, as páginas são semelhantes ao barulho de um vento triste e as maldades, saudades e frustações da personagem principal contribuem para que o enredo se torne ainda mais triste. Mas não se engane, achando que irá chorar o livro todo, pois Anny encontra como saída desse mundo perverso: a fuga da realidade e penetra em um mundo feito de Xadrez, onde faz suas próprias leis, além de ter um dom especial e uma maturidade excepcional.
No geral o livro é maravilhoso, cheiro de pensamentos e ações reflexivas que fazem efeito na alma dos leitores, mas há momentos em que o fluxo de leitura se arrasta , a autora está preocupada em nos passar mais o que existe por dentro do que por fora e isso acaba deixando o livro maçante , embora contribua para que seja alimentado o suspense que ronda toda a história.
Sensível, tocante e marcante são as palavras que definem essa obra fantástica e terrivelmente doce escrita por Fabiane Ribeiro.

3 comentários:

  1. Oi Má!
    Também achei o livro incrível, desde a construção da história até a maneira de como a Fabi a desenvolveu!
    O livro é agridoce mesmo, como você descreveu :)
    Linda resenha!
    Beijão!

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  2. Eu quase nunca leio escritores nacionais, salvo os obrigatórios. É um defeito que venho tentando mudar, mas até agora nunca achei um livro nacional recente cuja resenha não tenha a palavra "maçante" ( ou "arrastado") escrita. Continuo minha busca.

    Sobre esse livro, me chamou atenção o fato de se passar na Inglaterra do fim da década de 40. Interessante, mas as palavrinhas mágicas já mencionadas me perturbaram.

    bye!

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  3. Não gosto mt de reflexões nos livros, mas o enredo parece ser ótimo mah, no entanto essa parte massiva não sei se suportarei, to cheio de livro assim

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