Minhas Impressões : Um dia ( O filme )

Oi galera , estou passando por uma crise criativa e por mais que eu me esforce , assistia milhares de filmes, leia e etc... Simplesmente não sai nada. Faz um tempo que o blog  é apenas atualizado com resenhas e “posts prontos” sobre as últimas novidades literárias. Então resolvi escrever de uma maneira nova, não sei se vocês vão gostar, e eu peço que sejam sinceros e digam com carinho que o texto a seguir ficou uma porcaria. Vou procurar seguir uma forma de escrita mais intimista, mas não poética e intensa como acontece nos devaneios, não confundam!

Hoje vou falar sobre o filme: Um dia. O livro foi uma das minhas  maiores decepções de 2011, eu tinha uma história completamente diferente em mente, algo que me faria suspirar e me deixar “de cama”, algo inebriante, mas confesso que “quebrei a cara” e encontrei uma história não muito longe da realidade, um enredo formado por dois jovens recém-formados da faculdade em busca de seus destinos e com um sentimento comum entre ambos: amor.

Não tive paciência quando assisti ao filme pela primeira vez, nem Anne Hathaway conseguiu me segurar e eu acabei não vendo muitas partes, ou seja, eu tinha desistido de tudo aquilo e faria parte do seleto grupo de pessoas que não gostaram do livro e muito menos do filme.

O tempo passou, a ansiedade e as expectativas se foram, e eu sou o tipo de pessoa que preciso de um tempo para assimilar quase tudo na vida.  E então depois de tanta recusa resolvo rever o filme e o que acontece? Percebo enfim que por mais que haja falhas, a adaptação cinematográfica do grande sucesso escrito por David Nicholls é um misto de doce/amargo que muitas vezes produzimos por medo. – Medo de se jogar em um relacionamento que talvez não dure para sempre ou medo de que amar não seja o bastante para a pessoa em que você deseja entregar todo esse sentimento. E na obra em questão parece que Dex e Emma se amam desde o momento em que há o primeiro contato. É como várias faíscas tentado se agruparem novamente, mas o fato de não haver estabilidade ou mesmo segurança preferem mascarar todo esse amor em formato de amizade , uma amizade que em nenhum momento pode ser classificada como puramente inocente , existe o desejo carnal muito menos explicito do que o desejo de que essa relação se mantenha firme o que acaba transformando tudo isso em uma inclinação romanticamente trágica, cujo conteúdo me fez chorar feito um bobo na madrugada em que assistia ao filme.

A atuação do elenco é boa, não é forçada.  O casal de protagonistas tem “química”.  Os sentimentos, os dramas pessoais e familiares e as frustações são muito bem colocados levando o telespectador a refletir. Infelizmente a trilha sonora é quase impercebível e o filme todo tem um clima e uma fotografia sutilmente romântica que se contrasta com um desfecho que até agora creio eu: poderia ter sido ainda melhor.

Vou dar uma segunda chance ao livro em breve, quem sabe eu me surpreenda e compreenda. Temos que esperar o momento certo das coisas acontecerem e isso não é diferente quanto a livros ou filmes. Acho que estou começando a aprender o que me dizem tanto: esperar.

• Gênero: Romance
• Duração: 107 min.
• Origem: Estados Unidos
• Direção: Lone Scherfig
• Roteiro: David Nicholls
• Distribuidora: Paramount Pictures
• Censura: 12 anos
• Ano: 2011