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Oi gente!

Antes de mais nada, gostaria de me apresentar aos que não me conhecem.
Meu nome é Aione, conhecida como Mi, blogueira do Minha Vida Literária e a mais recente colunista do Gossinp!
O Má me convidou para escrever para vocês alguns textos, sobre o que me desse vontade de escrever. Já era para esse post estar aqui desde o início do mês, mas meu bloqueio criativo não me permitiu escrever até agora. Entretanto, acho que foi melhor assim, já que a época agora se fez muito propícia para a reflexão desse primeiro post!
Quero agradecer ao Má pelo convite e pela amizade que criamos desde que nos conhecemos! Muito obrigada, querido!

Vamos ao que interessa?


Li recentemente um livro que, ao seu término, fui tomada das mais diversas sensações e reflexões. Em resumo, o protagonista leva uma vida de isolamento social e desprezo que culmina na destruição de seu ser, transformado em um alguém sombrio e revoltado.
O ponto chave de sua dor é o simples fato de não conhecer o amor, de nunca ter sido amado e, assim, nunca se ter permitido amar, por nunca ter conhecido alguém que possibilitasse isso em sua vida.
E então comecei a pensar. Até onde contribuímos com a destruição de alguém quando ignoramos um gesto que pode ser insignificante para nós, mas que, para o outro, pode significar o mundo? E, ao contrário, até onde somos capazes de fazer a diferença com um simples gesto de compaixão?
Acredito que não haja alguém que nunca tenha passado por uma situação em que recebeu uma gentileza inesperada. A sensação que a acompanha é uma das melhores que pode existir, um misto de surpresa, frio na barriga, alegria e, principalmente, conforto. Em dias tristes, um sorriso ou um elogio podem trazer cor ao que está em tons de cinza, e não custam absolutamente nada a quem os fizer.
Ora, se é tão fácil ter uma atitude dessas, por que muitas vezes não a temos? Vivemos ocupados, correndo contra o tempo e, muitas vezes, não damos importância às pequenas coisas e gestos do dia-a-dia, simplesmente porque nem ao menos as notamos. Além disso, nossa individualidade é cada vez mais cultivada: em transportes públicos, por exemplo, cada um ouvindo sua música, lendo seu livro, perdido em seus próprios pensamentos. Quando um estranho puxa conversa conosco, não sabemos como agir e nem nos sentimos muito confortáveis em continuar a conversa, ainda mais sem sabermos qual a intenção da pessoa que conosco conversa. Infelizmente, vivemos em um mundo em que não nos dá o luxo de confiarmos nas boas intenções de todos.
E aqui chego à questão que tanto me fez pensar enquanto lia “Um Lugar Escuro”, o livro que originou essas minhas reflexões. A ausência da compaixão para com o personagem principal o levou a tomar drásticas e violentas atitudes como forma de protesto. Às vezes, o simples fato de ser ignorado na rua já despertava sua revolta. Porém, atitudes como a dele é que nos faz ignorarmos um desconhecido que nos aborda, por puro medo e desconfiança. Somos ensinados a não conversar com estranhos desde pequenos.
 Vivemos, portanto, em um ciclo vicioso, onde nossa individualidade e ausência de contato com os outros contribuem, em partes, com o isolamento social e revolta de alguns que, por conseqüência de suas atitudes, nos levam a agir com ainda mais cautela. Como quebrar tal ciclo?
Não tenho a ilusão de acreditar que gestos de compaixão e simpatia podem mudar todo o mundo, mas acredito que podem mudar o nosso mundo particular e o mundo que nos cerca. Ainda, se cada um fizer sua parte, o resultado final com certeza será muito maior do que o de apenas uma pessoa sozinha. Se todos fôssemos gentis e educados com o caixa do supermercado, por exemplo, ao realizarmos uma compra, ou desejássemos “bom dia” ao encontrarmos com um vizinho, viveríamos em um mundo mais gentil e melhor humorado. Uma das coisas que mais me irrita é ser mal atendida em algum estabelecimento e quando encontro um funcionário simpático, vou embora daquele local me sentido muito mais alegre!
Em épocas de Natal e Ano Novo, todos nos sentimos muito mais dispostos a sermos simpáticos com o mundo, a desejarmos o melhor, a praticarmos a compaixão. Por que não podemos ser assim por todo o ano? Não seria muito mais válido do que em apenas uma semana?
Assim, termino esse post com uma proposta: experimente por uma semana, passadas as festividades, sentir e irradiar os mesmos sentimentos despertados nessa época de final de ano. Experimente, em um dia comum, ser simpático com um desconhecido, pratique o ato da bondade e procure ver a beleza escondida nas coisas mais simples. Procure, nem que seja por um dia, sentir o amor pela vida, sentir-se grato por ela ser como é e procure pelos reflexos de agir dessa maneira. Normalmente, a sensação de bem estar é tão grande que se torna capaz de transformar tais gestos em um hábito.

Desejo um ano novo maravilhoso a todos, repleto de amor e felicidade! Desejo um mundo melhor para nós e mais compaixão em nosso dia-a-dia.
Desejo que sejamos capazes de fazer a diferença.

Beijos a todos!


Aione Simões.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Uau! Curti sua reflexão. O Má acertou na escolha da nova colunista.
    Beijos, voltarei sempre aqui.

    http://monisegabriely.blogspot.com/

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  3. Oieee, bem vinda Mi ao blog do Mah, e ah adorei ja o post viu, tu escreve mt bem, esse tema eh mt legal, tempo, ciclo essas coisas me faz refletir sobre minha vida e meu futuro da pra pensar bastante...

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  4. Uau Mi amei a reflexão! Realmente é essencial refletirmos sempre a respeito de nossas escolhas.
    Beijos.
    Books e Desenhos

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  5. Adorei Mi! Mesmo :3 Esse livro que você leu foi Marta? :]

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