Resenha: Sushi – Marian Keyes

Autora: Marian Keyes

Editora: Bertrand Brasil

574 páginas 

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Sinopse:Neste romance, a protagonista Lisa Edwards, durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Se não fosse pela presença de seu novo colírio, isto é, chefe, Jack Devine, um sujeito desgrenhado e fechadão, ela seria capaz de girar nos calcanhares de seus sapatos Prada e tomar o primeiro avião de volta. Mas Lisa é Lisa e fracasso é uma palavra que não consta do seu vocabulário, embora ela bem que gostaria que constasse, dessa vez.

Sushi é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã-Bretanha.

 “A gente acha que só os personagens de novela têm casos. Mas as pessoas de carne e osso também têm, essas coisas acontecem.”  

Marian Keyes – Sushi, página 458.

         Sushi é um livro que deve ser desfrutado aos poucos e não é tão alucinante quanto demonstra ser, mas é irresistível.

         Ao se deparar com a história o leitor pode ter a ideia de que já viu tudo aquilo antes, pois o enredo de Marian Keyes fala sobre a busca de uma felicidade que até hoje ninguém encontrou (se é que ela realmente existe). O enredo se desenvolve em torno de três personagens femininas infelizes e a beira de um ataque de nervos:

- Lisa: Nunca imaginou que estaria em Dublin, trabalhando em uma revista fútil e sem a menor expectativa de sucesso. A personagem que é tida pelos outros personagens da trama como a chefe insuportável desconta seu descontentamento da vida em seus funcionários e acredita que quanto menos esperar vai se mudar para Nova York.

- Ashiling: A mais divertida dentre as três personagens centrais, só quer saber de arrumar um namorado e tentar encontrar um emprego. Na trama ela consegue evoluir muito e se destaca pelo fato de não ser forçada.

- Clodagh: Demonstra a típica mulher casada com filhos e um marido perfeito. No entanto para ela nada está como parece ser. Seus filhos são um tremendo inferno e Dylan já não lhe desperta prazer nenhum.

           Com uma baita dose reflexiva o livro é contado em terceira pessoa revezando o olhar sob as três protagonistas. Até uma boa parte somos apresentados aos personagens e seus conflitos internos e externos que o leitor se sente dentro de uma novela sem grandes acontecimentos. – E isso que poderia se tornar um ponto negativo, acaba se tornando um ponto interessante porque a autora descreve de uma maneira que faz com que você acredite que os personagens vão fazer algo e de repente aquilo que você imaginou aconteceu completamente diferente.

         O humor usado é um dos melhores que já li! Keyes satiriza de uma maneira que logo após da sua gargalhada você se identifica e percebe que já passou por aquilo. O romance acontece de maneira branda e real, todos anseiam pelo amor, porém ninguém sabe qual caminho ele vai tomar.

                    Muitas pessoas podem torcer o nariz por ser um livro extenso e pegar fogo apenas no final. (- Há vários momentos maçantes infelizmente).  Entretanto a mensagem de que a vida não é somente aquilo que desejamos é exposta de um jeito maravilhoso.  A autora demonstra um respeito e amor com as palavras que o transforma em um grande livro e o diferencia de tantos outros romances.

           Nota 8 !