Resenha: O céu está em todo lugar – Jandy Nelson

Autora: Jandy Nelson

Editora: Novo Conceito

424 páginas

Compare e compre

Sinopse: Às vezes é preciso perder tudo para encontrar a si mesmo...

Lennie Walker, fanática por livros e por música, toca clarinete e passa o tempo vivendo de forma segura e feliz à sombra da brilhante irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre de forma abrupta, Lennie é lançada ao centro do palco da sua própria vida – e, apesar de não ter nenhum histórico com rapazes, ela se vê subitamente lutando para encontrar o equilíbrio entre dois, um deles a tira da tristeza, o outro a consola. Uma celebração ao amor, também um retrato da perda, a luta de Lennie para encontrar sua própria melodia em meio ao ruído ao seu redor é sempre honesta, porém hilária e, sobretudo, inesquecível.

“... É exatamente isso, sou loucamente triste e, em algum lugar lá no fundo, tudo o que eu quero é voar (...)”.

Jandy Nelson – O céu está em todo lugar, página 112.

Maravilhoso. Desde a capa até o final emocionante.  O céu está em todo lugar é um dos romances mais lindos que já li na vida depois de: A última música.

Com um enredo que capta a dor e o amor em um nível que agrada o leitor e faz com que ele se identifique, a autora retrata nada mais que a realidade de uma garota que queria que a sua vida fosse como um clássico da literatura e não uma tragédia.

Len acaba de perder a sua irmã mais velha e também seu porto seguro, pois sempre viveu á sombra de Bailey que era a parte mais forte e destacada de uma conturbada família aos moldes modernos. Agora a garota tem que encarar a vida e descobrir que a sua própria vida deve continuar.

A personagem principal é muito complexa pelo meio onde sem encontra. Com uma avó á beira de um ataque de nervos, um tio infeliz e drogado e uma irmã morta com uma personalidade presente muito forte, além de uma mãe que ela mal sabe se existiu, a garota acaba perdida em sua própria confusão. E nessa tormenta entre viver e se deixar viver pela dor e pelas lembranças que a consomem ela passa a ser algo que não é. Len começa a achar que está apaixonada pelo namorado da própria irmã que acabou de falecer, e ainda encontra espaço para se aventurar em um despertar para um possível amor verdadeiro desencadeado por Joe: o interessante e mais novo aluno da escola, que mostra que tudo pode ser uma questão de tempo e perdão.

Incrível e sem qualquer enrolação ou melosidade, o livro me fez chorar, ficar sem ar, me identificar muito com Len e seus dilemas emocionais e a busca por uma vida que parece ser ilusória por um momento e por outro está bem mais perto do que imaginamos.

Acredito que a maior lição que o livro tende a passar é o fato que a dor de ver aceita e modificada da maneira mais confortável o possível para que o ser humano continue a progredir.

Recomendo muito e estou ainda sem palavras para dizer o quanto o livro é lindo, tanto nos detalhes quanto na história terrivelmente encantadora.

Muito obrigado Novo conceito.

Nota 10!