
Mas
se eu disser ao leitor que o Ig Nobel 2012, em Literatura, foi
atribuido ao Departamento de Controladoria Geral do governo
norte-americano por difundir "um relatório de relatórios que recomendam a
preparação de um relatório sobre o relatório do relatório de
relatórios", o leitor sorrirá. Não pelo trabalho escolhido, de certeza
pelo título do mesmo.
Afinal os Ig Nobel são prémios que parodiam o Prémio Nobel atribuido pela Academia Sueca.

O próprio nome
do prémio Ig Nobel é um trocadilho com o Nobel de Alfred Nobel e a
palavra anglófona ignoble (ignóbil), que representa algo “não nobre”,
vil ou desprezível.

Por outro lado é concedida apenas uma menção aos vencedores, e não um valor em dinheiro.
Em resumo os Ig Nobel, segundo os seus organizadores, distinguem a “investigação que faz as
pessoas rirem e depois pensarem”.
Não poderia deixar
de vos aconselhar, a ver o vídeo da cerimónia deste ano dos Ig Nobel, no
final deste texto, um verdadeiro must.
Faltam os
vencedores e em que contribuiram para fazer com que as pessoas riam e
depois pensem, e com a maior sinceridade, se estes são os trabalhos dos
vencedores, imaginem os que não foram contemplados;
Em
Psicologia, os premiados foram Anita Eerland e Rolf Zwaan (Holanda) e
Tulio Guadalupe (representante de uma equipe do Peru, Rússia e Holanda)
por seu estudo "Inclinar-se para a esquerda faz com que a Torre Eiffel
pareça menor", publicado em uma revista dessa disciplina.
Em
Acústica foi para os japoneses Kazutaka Kurihara e Koji Tsukada, que
criaram uma máquina que perturba o discurso de uma pessoa fazendo-a
ouvir suas próprias palavras com uma leve diferença de tempo.

Em Física,
Joseph Keller (EUA), Raymond Goldstein (EUA), Patrick Warren e Robin
Ball (Reino Unido) levaram o prêmio por calcular "o equilíbrio de forças
que dá forma e move o rabo de cavalo no cabelo humano".
Em
Dinâmica de Fluidos, o estudo "O que acontece com uma xícara de café
enquanto uma pessoa a segura e andar ao mesmo tempo" deu o prêmio a
Rouslan Krechetnikov (Rússia/EUA/Canadá) e Hans Mayer (EUA).
Em
Neurociência, o prêmio foi para os americanos Craig Bennett, Abigail
Baird, Michael Miller e George Wolford, que demostraram que os
pesquisadores do cérebro podem provar, através da utilização de
complicados instrumentos e uso de estatísticas, a atividade cerebral em
qualquer parte, mesmo em um salmão morto.

Em
Literatura correspondeu ao Departamento de Controladoria Geral do
governo norte-americano por difundir "um relatório de relatórios que
recomendam a preparação de um relatório sobre o relatório do relatório
de relatórios".
POR: Ricardo Pocinho
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