Resenha: O primeiro dia - Marc Levy

“Ás vezes basta olhar bem perto para ver o que nos escapa ao longe”

Marc Levy – O primeiro dia , página 81.

Apesar de Marc Levy enrolar um pouco e explicar fatores que por um lado seriam desnecessários para o foco principal, cujo enredo nos deixa ainda mais curiosos. - Temos  um bom livro, intrincado de suspenses e ótimas sacadas, o autor nos leva a uma épica viagem aos mais fundos mistérios da vida e do universo.

Narrado em terceira pessoa sob os olhares de Keira, Ivory e alguns personagens que mantem seus nomes ocultos para que lhe sejam dados um ar de puro suspense é intercalado com a narração em primeira pessoa de Adrian – o qual muitos leitores vão simplesmente deixa-lo de lado até a metade do livro.

Entre teorias e explicações sobre as possíveis formações do universo e a origem da vida, é apresentado a um romance delicioso entre Keira e Adrian, elaborado de forma crescente e explosiva, completando a trama e unindo elementos que se encaixam perfeitamente. Os cenários exóticos são visualizados facilmente mesmo que o autor caracterize seu texto com muitos diálogos. – O que é um ponto a se admirar, pois os personagens são todos muito bem elaborados com sentimentos aprofundados e traços reflectivos.

O primeiro dia é uma história que deve ser lida sem muitas expectativas e muito menos esperar um enredo extremamente explosivo. A maneira  como Marc Levy descreve é sútil e nos direciona ao que se deve “procurar” em seu percurso intelectual , cujo desfecho pede por uma continuação e grita que o ser humano precisar começar a enxergar o que está mais perto do que se imagina e que o amor e a morte podem ser uma estrada de via dupla e não apenas  um compromisso ou o fim.

Autor: Marc Levy

Editora: Suma de Letras

354 páginas

Nota 8/10

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