Entrevista com Eliane Quintella e BBH !

 Entrevista com a fabulosa Eli Quintella , autora do sucesso ; Pacto secreto

Foto espontânia da autora

·         Como foi o processo de criação de Pacto secreto? Demorou muito para escrever e houve inspiração em pessoas próximas de você?

Foi maravilhoso escrever Pacto Secreto e a continuação da saga Prazer Secreto e História Secreta. É um assunto que eu adoro e que me interesso muitíssimo, então, eu, que amo escrever, ainda escrevi sobre um tema que curto muito. Não poderia ter sido mais divertido!

Em relação ao tempo, eu demorei seis meses para escrever PACTO SECRETO, o que achei rápido considerando que somente o primeiro mês fiquei focada por conta do punho quebrado, nos demais avançava pelas madrugadas e finais de semana, já que trabalhava àquela época como advogada e trabalhava bastante.

Sobre a inspiração eu gosto de dizer que ela vem quando algo realmente nos toca, nos envolve, nos interessa. Sabe quando você vê uma cena ou um personagem e aquilo te marca de alguma forma? Tenha certeza que isso irá aparecer alguma hora enquanto estiver escrevendo, ainda que seja breve, pois são tantas coisas que nos marcam ao longo da vida que tudo deve aparecer de alguma forma; poderá aparecer de forma pura, mesclada, breve ou profunda, e etc.

Quanto à última pergunta, se algum personagem teve inspiração em pessoas próximas a mim, devo responder que o pai da Valentina realmente tem características do meu pai, não todas, quero deixar claro, mas algumas. Meu pai, tal como o pai da Valentina, era uma pessoa brilhante, com enorme amor por sua família, carinhoso, íntegro, um exemplo de caráter, força e honra. Além disso, devo confessar que eu adorava tomar vinho com meu pai e passar horas conversando.  Ele sempre soube disso. Vale explicar que quando criamos o personagem, nós pensamos nas características que o definem, ao longo da trama o personagem vai ganhando vida própria e até características próprias dentro do contexto da obra.

Qual a melhor e a pior coisa em ser autora? Você busca um público próprio ou não?

A melhor coisa de ser autora é fazermos aquilo que mais amamos que é escrever. Outra coisa maravilhosa é encontrar leitores que são realmente seus que leram o livro da forma que você escreveu para ser lido e interpretado. Isso tem um sabor muito especial, é realmente um prazer incrível. Eu também adoro pesquisar, por isso, além do prazer que sinto na criação, tenho um grande prazer na pesquisa.

É difícil para mim pensar em um lado ruim de ser autora, pois escrever é o amor da minha vida. Acredito que as coisas ruins, se é que podemos catalogá-las de ruins, são os obstáculos, as dificuldades que o escritor encontra para publicar seu livro, divulgá-los e vendê-lo.

·         Tina é uma personagem muito forte e, porém egoísta em alguns pontos, você se considera parecida em alguns aspectos com sua heroína?

A Valentina foi criada a partir de personagens e heróis que eu admiro e que considero fortes e impactantes. Por isso, ela é corajosa, cheia de si, inteligente, forte, ambiciosa, perseverante, com profundo amor por sua família, fiel a si mesma, entre outras características. Assim, eu me pareço com a Valentina na medida em que busco para minha própria personalidade características que a Valentina possui. Assim, algumas características da Valentina são características que sempre trabalhei e que acabei trazendo para minha vida, como coragem, perseverança e ser fiel a mim mesma. Além disso, sempre tive profundo amor por minha família.

No primeiro livro o egoísmo da Valentina é embrionário, latente. Ele existe, mas não está aparente (incrível você já tê-lo percebido). Porém, ao longo da saga ele aflora com toda força. No primeiro livro, a Valentina, por amor a sua irmã e por entender ser a culpada pelo acidente, abre mão de sua própria vida para viver a tristeza da irmã, em solidariedade a ela. Além disso, vive o dilema, conforme seu entendimento, de entregar ou não sua própria alma para salvar a irmã. Nos demais livros ela compreenderá que a culpa pode ser uma forma de manipulação e de prisão da pessoa.

Acredito que você também quer saber se eu sou egoísta, não é? Eu acredito que sou saudavelmente egoísta. Eu acredito no egoísmo racional da filosofia objetivista, egoísmo esse que busquei transmitir ao longo da saga. Eu acredito que se todos buscassem a própria felicidade, o que é melhor para si, o mundo teria mais vencedores e seria menos cinza e sem-graça. Aqueles que pregam que você não têm direito à vitória pela qual tanto lutou, à sua própria felicidade, verdadeiramente jogam com a culpa, querem escravizá-lo e manipulá-lo, buscando inserir em você a máxima de que se o outro não é feliz, você não pode ser feliz, pouco importa se você fez por merecer e lutou com todo seu espírito. Para mim, não há justiça nessa máxima. Eu tenho o direito de ser feliz, de buscar ser melhor, assim como o outro tem esse direito. Não é porque eu lutei mais, me esforcei mais, e realmente ganhei por merecer que não tenho o direito e tenho que dividir os louros da vitória. É justamente o contrário quem tem mérito deve ter direito aos louros da vitória com exclusividade. Não é obrigado a dividir isso a não ser que queira e não por um sentimento equivocado de igualdade ou de culpa que não existe. Eu odeio quando pregam diferente, pois o diferente é que é injusto. A doutrina do sacrifício é injusta. Significa dizer que se você realmente merece não tem direito e quem não merece, justamente por não ter valor algum, tem esse direito. Que justiça existe nisso?

É importante dizer que paralelamente ao meu egoísmo, eu tenho um senso de justiça muito aguçado, faço questão de dar todo o mérito e elogios a quem mereça, premiar quem mereça e ser o melhor ser humano para aqueles que mereçam meu carinho e minha atenção. Há dois trechos do livro de Ayn Rand, A Revolta do Atlas, vol. III, que retratam bem meu sentimento e que publiquei no meu blog pessoal. Vale conferir:  


http://elianequintella.wordpress.com/2011/07/25/a-sua-felicidade/  e  

http://elianequintella.wordpress.com/2011/07/18/a-renuncia-de-sua-propria-mente/

·         Qual momento do livro você mais gostou de escrever?

                  Os diálogos da Valentina com o Enviado. Eu adorava! (Eu também ! )

·         O que podemos esperar dos próximos livros da saga?

                       Todos os mistérios serão revelados até o final do terceiro livro da saga, HISTÓRIA SECRETA, eu garanto. Garanto também que a história vai esquentar a partir do PRAZER SECRETO. Apertem os cintos!

·         Diga-me uma música que entraria para a trilha sonora do livro. E qual seria a atriz perfeita para o papel da personagem Valentina se acaso o livro venha a se tornar um filme (eu quero e acho que todos os leitores ficariam encantados com uma adaptação cinematográfica)

O Fortuna Imperatrix Mundi, Carmina Burana que chego a mencionar no ambiente do casarão.

No bar assim que a Valentina vê o enviado poderia tocar Sympathy for the devil do Rolling Stones 

Nos outros livros da saga mais músicas serão mencionadas.

Logo no primeiro capítulo do PRAZER SECRETO, já publicado no blog do meu livro (http://pactosecreto.wordpress.com/um-pedaco-de-prazer-secreto/) há algumas músicas que eu cito e que tocam quando Diana está com Caim (só quem leu o primeiro capítulo irá entender o que eu disse)

Quanto à sua última pergunta, se fosse americana eu pensei na Angelina Jolie e se fosse brasileira eu pensei na Ana Paula Arósio ou na Mariana Gimenez (ela teria que tingir o cabelo de preto).

Muito obrigado por todo o carinho Eli. Te desejo muito sucesso,  que cada vez mais você cresça fazendo o que ama , permitindo que os leitores sonhem se encontrando em suas histórias.

Sou eu quem lhe agradeço pela entrevista tão interessante e pela maravilhosa parceria. Quero contar com você para toda saga! Obrigada pelos votos de sucesso! Por fim, eu agradeço também aos meus leitores por todo apoio que tenho recebido. 

Confira a resenha de Pacto secreto

BBH ! #13 

" A pergunta dessa semana é a pergunta do Follow Friday, um outro meme americano que também respondemos na versão em inglês do blog:

Se você pudesse mudar o final de um livro ou de uma série, qual seria e por quê?" 

Eu mudaria o final de crepúsculo, que pelo amor de Deus foi horrível! Acho que tanta empolgação também acabou atrapalhando, mas no geral o resultado foi péssimo.

 

Recadinho : 

             O autor André Luiz Vilela precisa para o projeto de publicação de seu livro o número de pelo menos 200 seguidores no blog dele. 

Vamos ajuda-lo ? 

Veja o book trailer do livro e os links para seguir

http://oapartamento200.blogspot.com/

http://www.skoob.com.br/livro/189397

http://www.youtube.com/watch?v=mLf8HmTqw4o&feature=player_embedded

XO.